O Bom Gigante Amigo - Crítica.

Spielberg como Spielberg.

O Bom Gigante Amigo é a volta de Steven Spielberg ao mundo fantástico e absurdo. Ano passado ele dirigiu Ponte dos Espiões, um filme que foi taxado de um dos melhores do ano. Agora foi a vez de adaptar uma história que já tem uma animação, que você provavelmente nem sabia.

Na história um gigante - The BFG - encontra uma garotinha que, de primeira, se assusta com sua aparência monstruosa. Porém aos pouco, The BFG, se prova um ser extremamente do bem! E ai nasce o problema! O fato do filme ser todo voltado para o bem, e para o "juntos venceremos" não condiz com a complexidade que as histórias atuais tomam, contos-de-fada não vendem mais ingressos. O atrativo do filme é a beleza e a relação: gigante-garotinha.

O resto da trama é refeita sem qualquer tipo de atualização, as crianças podem até comprar, mas para o público com capacidade de compreensão maior o longa se torna um apanhado de tudo o que você já ouviu nos contos que te contavam antes de dormir. Eu não consigo perceber uma razão para trazer esse estilo de volta a tona. Em algum momento eles vão se juntar a Rainha da Inglaterra para combaterem os outro gigantes - que excluem o The BFG por causa da sua bondade.

A ideia de que os gigantes do mau querem aterrorizar os humanos e eles precisam ser detidos é um propósito sem inovação para contar uma história velha. A relação entre o gigante e a garotinha é semelhante a qualquer outra que você já viu. Eu não consegui me relacionar com toda essa fantasia que precisa de uma explicação a cada 5 minutos. O que falta no filme é sentimento, é a alma ou só paixão!

Tudo isso pode ser transmitido na tristeza que The BFG passa ao ser maltratado pelos gigantes que são maiores que ele.

O único atrativo real é os efeitos que mesclam a garotinha com o tal gigante, as soluções visuais que eles encontram é algo que você já viu. A cena da árvore que brilha parece Avatar, e a computação gráfica entrega uma show de belas imagens, falsas.

Ver a opinião das crianças a respeito desse filme é um experimento que devia ser feito. 

De qualquer jeito você não pode negar: se o diretor não fosse o Spielberg ninguém daria a miníma para esse filme!

NOTA: 05/10

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